Você apareceu na minha vida assim...
De um sorriso tímido e radiante.
De um olhar penetrante
uma esperança que eu vi brilhar
nos meus olhos novamente
uma vontade nova de correr
e sentir o vento acariciar meu rosto.
Você surgiu assim desse jeito tão seu ,
discreto , calado...
Sem promessas , sem juras
apenas seu olhar me procurava.
Chegou porque era a hora de chegar.
Entrou na minha vida
fazendo que o amor entrasse
em meu coração
e transbordasse em mim.
E assim...
Foi ficando para não ter fim
para me dar seu sorriso e seu olhar,
para me fazer feliz e me dar sua calma
fazer me sorrir por tudo e por nada.
Assim, sem promessas ou cobranças.
Para fazer dos meus sonhos,
os mesmos sonhos teus.
E numa bela noite de inverno,
nossas mãos se encontraram
pelo simples desejo de sentir, de tocar,
conhecer...
E porque não de amar?
Foi o começo de tudo...
Simples Assim
Nossos olhos se cruzaram
nossos corpos se amaram
e nossas almas se entrelaçaram.
Para sempre...Assim
Até hoje me pergunto...
Porque veio a mim?
Não encontro resposta.
Só a falta do tudo e do nada,
a falta do teu sorriso...
E do seu olhar grudado em mim
Por mais que eu procure respostas,
nunca as encontro.
Só sei que foi assim,
Simples Assim...
Elzira Dourado
Ah,não acreditoooo!
ResponderExcluirTenho uma amiga poeta e não sabiaaaaa????
Elziraaaaa,que lindo teu poema!!
Me arrancou suspiros aqui,viu?
Quero ler mais....muito maisssss!
:)
Beijo Flor do meu core!
Teu blog,cada dia mais acolhedor...encantador!
Simplesmente Lindo...
ResponderExcluirEncantador o seu cantinho....beijinhos embrulhados com carinho....http://palavras-fragmentos.blogspot.com/
TEu Blog ta lindo Elzira... mimoso... amei amei...
ResponderExcluirTEu poema...tão apaixonado... suspiro... e sussurro... bom demais te ler...
Abraço grande!
:D
Encontros
ResponderExcluirNo meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo delicioso de se sentir que escorregava de dentro da gente e se esparramava no sorriso. Escapulia no olhar. Cantava no silêncio. Fazia florescer pés de sol no tempo encantado em que estávamos juntos. Dispensava nomes e entendimentos. Havia algo que tinha um cheiro inconfundível de alegria. De vida abraçada. De chuva quando beija a aridez. De lua quando é cheia e o céu diz
estrelas. Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom.
No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo maravilhoso para ser dado e recebido, daqueles presentes que a vida embrulha com os seus papéis mais bonitos e entrega, toda contente, a duas pessoas. Havia algo para ser trocado, e troca é quando duas vidas se sentem olhadas ao mesmo tempo. Havia algo que fazia um coração falar com o outro, ouvir o que era dito, gostar do que era dito, rir com o que era dito, sentir-se espelhado, sentir-se enternecido, querer brincar, muito além do que qualquer palavra, por qualquer motivo, por qualquer defesa, tentasse, em vão, esclarecer. Uma vontade de parar todos os relógios do mundo para eternizar a dádiva da presença compartilhada, e a impressão de que às vezes até conseguíamos.
No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo que escapava, ileso, dos artifícios todos, todos tolos, que a razão arranjava para não deixar o amor fluir com a beleza dele, o chamado dele, a natureza dele. Amor sempre arruma brecha para escoar entre os dedos temerosos do medo. Pode ser que a gente sinta tanto receio e se proteja tanto, as feridas antigas cicatrizadas coisíssima nenhuma, que nem consiga vivê-lo em sua plenitude. Mas que ele escoa, escoa. Esparrama no sorriso. Escapole no olhar. Canta no silêncio. Diz.
No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo que delatava o desejo, os quarteirões da gente todos iluminados com o fogo feliz da sensualidade, iluminadas as ruas todas que dão acesso ao lugar onde o corpo e a alma costumam se encontrar e dançar numa única canção. Havia algo que não podia ser negado, preterido, amordaçado. Algo que inaugura primavera, tanto faz se é inverno. Algo raro e precioso. Que é perfeito, ao mesmo tempo que consegue incluir todas as imperfeições. Que é lindo, ao mesmo tempo que consegue integrar as esquisitices todas que gente também tem. Havia amor e, de um jeito ou de outro, sabíamos sem nos dizer, havia chegado pra ficar.
O amor quando é amor é amor.
Com toda sensibilidade e leveza de Ana Jácomo.